Cancro com humor
Cancro com humor
Este Luso Fonias assinala o Dia Mundial da Luta contra o Cancro. Falamos sobre cancro e sobre todas as dificuldades que os doentes oncológicos e os seus cuidadores enfrentam. Para tal contamos com o testemunho de alguém que tem uma mensagem positiva e optimista sobre esta realidade. Marine Antunes teve cancro aos 13 anos e esse facto mudou-lhe a vida em vários aspectos. Criou o projecto “Cancro com Humor” e dá palestras motivacionais sobre este tema.
Na opinião do P. Tony Neves – ‘Todos contra o cancro’
“Há males que tomam conta de vidas. Aparecem na escuridão da noite, vão percorrendo o corpo de mansinho e, quando damos por eles, é tarde demais! Conhecemos tantas vidas assim vitimadas por cancros.
Para muitos é a doença dos nossos tempos. Outros dirão que se trata de um nome genérico atribuído às doenças que resultam de alterações de células que se tornam invasoras e destroem os outros tecidos. Enfim, digam lá o que disserem os entendidos, esta doença mete medo só ao pronunciarmos o seu nome. São milhares e milhares as pessoas que estão neste momento numa luta que ninguém sabe qual vai ser o vencedor. E este drama também faz as suas vítimas.
Nos tempos que correm, a palavra-chave tem de ser ‘prevenção’. Há, felizmente, muitos meios de diagnóstico que permitem detectar os tumores à nascença (ou quase) permitindo o combate imediato antes que haja metástases e seja tarde demais o início da luta. Tal como tudo na vida, mais vale prevenir do que remediar. Aqui o provérbio português assenta que nem uma luva! Por isso, há que fazer com regularidade análises e exames, intensificados quando há sintomas suspeitos ou foram já algumas as vítimas na família.
Depois, há que enfrentar com coragem, sempre que os diagnósticos provem a existência de tumores malignos. As quimio e radioterapias são tratamentos de choque que rompem muitos órgãos e tecidos, provocando dores e mal estar, mas ainda são os mais indicados para atacar tumores cancerosos. A presença constante e estimulante da família e dos amigos ajudam ao sucesso da terapia, dando força e coragem aos pacientes. Nestas horas, há que investir tudo numa guerra de vencedor imprevisível.
Todas as pessoas já fizeram a experiência do padecimento por um cancro. Ou em primeira pessoa ou num ente mais ou menos querido. É duro receber a notícia, aguentar a dureza dos tratamentos, sentir cada dia como provavelmente o último da vida. É igualmente doloroso ser ombro de quem sofre, acompanhar e partilhar os passos de quem vê a vida a fugir cada dia que passa. Mas também é uma enorme alegria ver o tumor a regredir e a vida a voltar a uma relativa normalidade.
As sociedades têm que melhorar a sua capacidade de prevenir e combater os cancros. Tudo o que se puder fazer deve ser feito. Queremos mais qualidade de prevenção, melhor tratamento, mais acompanhamento de familiares e amigos. Os inimigos da nossa saúde não podem ter a única palavra a dizer. Encaremos os problemas, façamos a guerra que for preciso e saiamos vitoriosos neste combate, mesmo quando a doença é mais forte que as pessoas. Quando tudo é feito com competência e amor, a vitória estará sempre do nosso lado. Sempre!”