O Mundo à Mesa

Portugal | setembro de 2016 a agosto de 2018

Parceiros

  • CIDSE
  • Associação Casa Velha
  • Caritas de Angola

Financiadores

  • Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P.

Folheto de apresentação do projeto

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PORQUE FAZEMOS O QUE FAZEMOS… De acordo com a Food and Agriculture Organization (FAO), 842 milhões de pessoas no mundo, o que corresponde a 1 pessoa em 8, sofrem de fome crónica. A grande maioria das pessoas que sofre de fome vive nos países em desenvolvimento, onde se estima que a prevalência da má nutrição atinja 14,3% da população. Avaliando o universo da população subnutrida, verifica-se, paradoxalmente, que 50% são pequenos produtores, 22% são camponeses sem terra, 8% população rural tradicional, e 20% pobres urbanos. É assim muito relevante perceber quem passa fome e compreender o ciclo vicioso da vulnerabilidade e de injustiça nos sistemas alimentares. Por outro lado, num cenário de população mundial crescente e de desafios ambientais profundos, a pressão sobre os sistemas alimentares é cada vez maior, reforçando a pertinência de uma intervenção conjunta em prol de uma Alimentação Sustentável. Na abordagem do projeto Mundo à Mesa, alguns paradoxos vêm à luz: níveis de fome inaceitáveis em Angola contrastam com valores de desperdício alimentar e perdas pós-colheita elevados; o impacto das alterações climáticas na segurança alimentar em Angola está a ter expressões dramáticas em algumas regiões, realidade que pode tocar de forma mais mobilizadora as comunidades portuguesas para um desafio global que apesar de tudo não afeta com gravidade o nosso país. O projeto O Mundo à Mesa vai “contribuir para a consolidação do compromisso de todas as pessoas com a resposta necessária às desigualdades e injustiças que se apresentam ao nível local e global” (ENED), mobilizando cidadãos a partir da compreensão dos desafios locais para as questões globais, tendo como foco um tema que a todos toca: a Governança do Sistema Alimentar, no quadro dos Direitos Humanos (em específico o Direito Humano a uma Alimentação Adequada), dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030. Para a temática em questão serão trabalhados mais especificamente os ODS 2 (erradicar a fome) e ODS 12 (Produção e Consumo Sustentáveis). O nome escolhido para o projeto quer simbolicamente enfatizar a força que pretendemos dar a esta intervenção: garantir que todos têm lugar à mesa, quer da alimentação, quer da participação, o que se espelha na abordagem sistémica de interligação de setores, níveis (pessoal-local-global) e atores que se têm revelado verdadeiramente mobilizadora e transformadora. Queremos por isso continuar a aprofundar a intervenção neste setor, base para um desenvolvimento sustentável, inclusivo e justo. Pôr em paralelo realidades locais tão diferentes como Portugal e Angola é um exercício que reforça a urgência de um esforço conjunto global para desafios comuns, bem explícito no ODS 17.
Durante 24 meses a equipa do projeto vai cruzar diferentes realidades a partir de desafios comuns e enraizar uma maior consciência das interdependências globais. A criação dos Clubes Escolares em Portugal, a realização do Almoço do Mundo, a edição do Livro sobre Vidas e Alimentação Sustentável, a elaboração de um Estudo de Caso e a realização de um documentário permite o alinhamento entre a intervenção local e as políticas e desafios globais. Permite também a aproximação entre cidadãos e políticas/ políticos e uma maior coerência e articulação entre políticas globais e estratégias locais. O projeto reforça o enraizamento da intervenção em ED em desafios locais através da consolidação da parceria com a Associação Casa Velha e a Caritas de Angola e ainda a presença da FEC na rede CIDSE.

Queremos…

Contribuir para a consciencialização e intervenção conjunta da sociedade em torno de sistemas alimentares mais justos, inclusivos e sustentáveis, a nível local e global

Principais Atividades

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Sensibilização

Ações e envolvimento das Direções de cinco escolas para apresentação do projeto e delineamento da sua integração Constituição de Clubes à Mesa nas cinco escolas, com definição de representantes da Comunidade Escolar Definição e implementação de Plano de Ação de cada Clube à Mesa Apoio às iniciativas promovidas pelas Comunidades Escolares  Edição anual do Almoço do Mundo (com debates e partilha de experiências) com participação das cinco Comunidades Escolares Campanha de sensibilização e mobilização liderada por Chef Henrique Sá Pessoa e participação do Escritor José Luís Peixoto MasterClass “Alimentação Sustentável” anual em escolas de cozinha de Portugal e Angola Edição anual de Escola de Verão “Todos à Mesa: Aterrar políticas, interligar atores” para universitários / jovens profissionais Partilha dos resultados do projeto em reuniões dos diferentes grupos de trabalho CIDSE Advocacia com decisores políticos nacionais (Ministério dos Negócios Estrangeiros, Ministério da Agricultura, Comissões Parlamentares, Eurodeputados)
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Materiais

Produção de Livro sobre Vidas e Alimentação Sustentável (Portugal e Angola) Lançamento público do Livro sobre Vidas e Alimentação Sustentável Estudo de Caso sobre Governança no Sistema Alimentar Documentários sobre Governança no Sistema Alimentar Apresentação Pública do Estudo de Caso e do Documentário sobre Alimentação Sustentável

Com quem trabalhamos

Comunidades Escolares
Decisores Políticos

Notícias do projeto

Testemunho de Berta Guambe

Testemunho de Berta Guambe

Testemunho de Berta Guambe que participou na “Escola de Verão 2017”. Mais informações sobre a Escola de Verão aqui.

Escola de Verão “Todos à Mesa”

Escola de Verão “Todos à Mesa”

Realiza-se nos dias 22 e 23 de setembro, a Escola de Verão “‘Todos à Mesa’ – A coerência de políticas para uma alimentação sustentável – Desafios Globais Práticas Locais”.

Recursos

Ourém

Tomar

Vila Nova da Barquinha

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