Apresentação do Projeto Promoção da Advocacia de Políticas Públicas Inclusivas em Angola
“A expressão ‘direitos humanos’ é contrária à palavra indiferença, inatividade e apatia. Os problemas que afetam uma pessoa são os que afetam uma comunidade. Os problemas de uma província são os problemas de um país. Os problemas de um país são os problemas de todos. Os acontecimentos mundiais da atualidade evidenciam que a violação de direitos humanos num ponto do globo tem repercussões a médio prazo noutras pontas desse mundo. Afinal partilhamos a mesma casa! Por essa mesma razão a contribuição que cada um pode dar, pequena ou grande, é relevante para que todos tenham as necessidades básicas satisfeitas seja o ter um nome, como uma simples cédula de nascimento; uma escola para crescer em conhecimento e competência; um posto de saúde para poder ter uma vida digna…“, foi assim que Sofia Esteves, gestora de projeto da FEC em Angola, deu início à apresentação do Projeto Promoção da Advocacia de Políticas Públicas Inclusivas em Angola, que decorreu esta manhã, no Centro Cultural Português, em Luanda.
Este projeto tem como principal objetivo reforçar as capacidades de literacia orçamental e advocacia das Organizações da Sociedade Civil (OSC) e de Grupos Locais de Direitos Humanos para influenciar o impacto do Orçamento Geral do Estado nas políticas direcionadas para os grupos vulneráveis, com particular incidência as mulheres. “Procurando conhecer a realidade, podemos influenciar os decisores políticos”, afirmou Frei Mário Rui Marçal, do Instituto Mosaiko.
Este é o resultado de um trabalho realizado em conjunto ao longo dos últimos anos, trabalho este que tem contado com o financiamento da Cooperação Portuguesa e da organização alemã Misereor, e que decorre de uma parceria sólida e em crescimento entre o Instituto Mosaiko e a FEC, tendo por base a confiança mútua, a complementaridade de competências e a construção conjunta de atividades ancorada na realidade angolana.
Sofia Esteves terminou, afirmando que, tanto a FEC como o Instituto Mosaiko partilham “valores comuns, as duas organizações assumem a dignidade da pessoa humana como princípio central do seu ADN, presente nos projetos que desenvolvem e pautam-se pelo rigor da informação e do seu acesso para todos, na construção de uma cultura de direitos humanos e da responsabilização de cada pessoa e de todos socialmente na construção de uma Casa Comum”.
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