Do Coração à Terra e da Terra ao Coração – Testemunhos
Faz agora um mês que a FEC esteve no Campo “Do coração à Terra”. Um campo internacional de mais de 30 jovens, com idades entre os 20 e 35 anos da Alemanha, Bélgica, Canadá, Eslováquia, Espanha, França, Inglaterra, Itália, Portugal e Suíça. De entre os jovens estavam 4 representantes da FEC que dão agora o seu testemunho sobre a sua experiência no campo decorrido entre 27 de Abril e 3 de Maio.
Carmo Lacerda
“A janela da capela do Bom Pastor, na Casa Velha, é feita com vidros de garrafas. Um pedaço de vidro é um material frágil e sem grande graça, mas ali, disposto daquela forma e em conjunto com outros, gera beleza: deixa a luz do Sol entrar, de uma forma muito bonita. Esta janela resume bem o que foi este campo para mim: o confronto com a minha pequenez e impotência diante dos problemas globais que desafiam a sustentabilidade do nosso planeta, lembrando-me que, tal como a Terra, também eu sou frágil. Mas que, se me juntar a outros na fragilidade, podem nascer coisas bonitas. Exemplo disto é a própria Casa Velha e os seus pequenos processos de conversão ecológica, que tão bem nos foram dados a conhecer, e que também pudemos experimentar na prática, no contacto direto e cuidado com a terra. Fomos desafiados também a pensar nas nossas “casas velhas”, nos nossos lugares, no que somos chamados a cuidar, e recordo uma das frases que mais me ficou: “the care comes from the love”. Desta semana ficam também as palestras, conversas, o trabalho no campo, as trocas culturais, a partilha de experiências, novas relações e, acima de tudo, uma grande comunhão. O campo não foi só Do Coração à Terra. Também fez ricochete – foi da Terra ao coração.”
Gonçalo Pessoa
“A semana passada na Casa Velha, no âmbito do projeto “Change for the Planet, Care for the People” foi, de facto, uma experiência bastante enriquecedora, no sentido em que tive a oportunidade de aprender mais um pouco sobre questões ligadas ao meio ambiente e sustentabilidade ambiental, sendo que toda esta aprendizagem se deu em concomitância com a vivência em comunidade, com pessoas diferentes e incríveis, culturas diferentes, países diferentes, e todos com uma preocupação em comum: a sustentabilidade ambiental e a nossa casa comum. Para além disso, algo que me impactou muito foi precisamente o facto de ter tido toda esta oportunidade em relação direta com a natureza, o que decerto se traduziu numa formação com muito mais significado e impacto, tanto na minha vida, como na de todos os participantes. Foi também uma vivência que me fez crescer bastante a nível pessoal e como cidadão pertencente a um mundo global.”
Sílvia Germin
“Para mim, este campo foi muito importante, abriu-me os olhos para um novo mundo, para questões que ouvimos falar todos os dias, mas não tentamos resolver. O primeiro dia foi particularmente difícil para mim; não conhecia ninguém, não conhecia bem a língua e também era novidade para mim viver todos juntos no mesmo quarto. A partir do segundo dia, comecei a fazer amigos e a estabelecer-me e isto permitiu-me desfrutar do acampamento, divertir-me e puder acompanhar calmamente todas as atividades. Os temas abordados no campo tiveram um grande impacto em mim, fizeram-me perceber que temos de agir se queremos que as coisas mudem e fiquei feliz por ver quantos jovens de todo o mundo estão a trabalhar todos os dias para que isto aconteça.”
Susana Rodrigues
“Mudança. Era o objetivo principal da campanha “Change for the Planet, Care for the People”, e para a mudança caminhámos. O campo impulsionou uma reflexão tal e em comunhão, que nos levou a parar, principalmente na sociedade de rápido ritmo que nos encontramos, e analisar o ponto de situação ecológico em que estamos e o futuro para qual caminhamos. No respeito e responsabilidade que temos a tudo o que vemos, sentimos, ouvimos e cheiramos, renovou-se a esperança e o desejo de ser melhor. De coração cheio de paz e natureza eu saí, e acredito que todos tenhamos saído, da Casa Velha com o compromisso renovado de simplesmente fazer melhor. De passo a passo introduzirmos nas nossas vidas, ações que reflitam o respeito que temos pela terra, pelo outro e pelo futuro da nossa Casa Comum. Para além disso, as amizades que fiz e os testemunhos que ouvi continuarão a inspirar-me todos os dias para seguir o seu exemplo. O campo “Do Coração à Terra” encaminhou o meu caminho e inspirou, provocou e desenrolou em mim, de facto, a Mudança.”
O campo foi organizado no âmbito da campanha #ChangeForThePlanetCareForThePeople, em parceria com a FEC e a Casa Velha – Ecologia e Espiritualidade casa onde decorreu o campo, e inseriu-se no projeto #CoerênciaNaPresidência, uma parceria entre a FEC, o IMVF e a CIDSE – together for global justice com o cofinanciamento do Camões, I.P.

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