Não passe dos limites !

9 a 19 de novembro de 2020

A Cimeira das Nações Unidas sobre o Clima (COP26) 2020 foi adiada para novembro de 2021, mas relembramos a urgência da ação no combate às alterações climáticas.

Não passes dos limites!

A Cimeira das Nações Unidas sobre o Clima (COP26) 2020 foi adiada para novembro de 2021 mas relembramos a urgência da ação no combate às alterações climáticas.

Não passes dos limites!

1,5.º C pelo clima

A Cimeira das Nações Unidas sobre o Clima (COP26), que estava agendada para Glasgow, de 9 a 19 de novembro de 2020, foi adiada para novembro de 2021, devido à atual crise pandémica. Adiaram-se a Cimeira e os compromissos dos países no combate às alterações climáticas, mas o problema mantém-se e agrava-se. O Planeta e as Pessoas não podem esperar.

De 9 a 19 de novembro a FEC e a Associação Casa Velha assinalam a Cimeira adiada e a urgência da ação no combate às alterações climáticas, na defesa das Pessoas e do Planeta. Não nos distanciámos da nossa meta, nem cessámos a nossa ação. O adiamento da Cimeira não adiou a necessidade de refletir e agir no combate às alterações climáticas. Fazemos, por isso, um convite à reflexão crítica e à ação informada que concretiza a história de conversão pessoal que cada pessoa pode protagonizar, numa simbiose entre o amor civil e político.

As circunstâncias que levaram, em 2015, à assinatura do Acordo de Paris mantêm-se. Hoje, continua a ser urgente fortalecer a resposta global à ameaça da mudança do clima e de reforçar a capacidade dos países para lidar com os impactos decorrentes dessas mudanças. O início de 2020 interrompeu a normalidade do nosso quotidiano, adiámos eventos, consumos, encontros, abraços, mas não adiámos o futuro do nosso Planeta, porque o Planeta e as Pessoas não podem esperar. A COVID-19 veio mostrar que somos capazes de redefinir a forma como vivemos o presente, que temos capacidade de nos adaptarmos a novas circunstâncias e que pequenas ações podem ter impactos globais. Todos os dias temos redefinido o nosso quotidiano, adaptando-nos a novas rotinas, regras, formas de estar, de conviver e até de pensar. Nesta nova forma de viver, a urgência da ação para a mudança de hábitos quotidianos e a vontade política na defesa do Planeta têm que ser uma prioridade.

Entre 9 e 19 de novembro, propomos um conjunto de iniciativas que relembram a urgência de limitar o aumento da temperatura média global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. Convidamo-lo a percorrer um itinerário criativo, construído a partir de diferentes materiais informativos e expressões artísticas que procuram cuidar da Casa Comum, com olhar especialmente atento ao impacto que as alterações climáticas provocam na vida das Pessoas e do Planeta.

Não passes dos limites! – 1,5º C pelo Clima

 Precisamos de limitar o aquecimento do Planeta a 1,5º C, relativamente aos níveis pré-industriais. Não vamos silenciar o Planeta. Não vamos silenciar as vozes que gritam por justiça climática. Inspira-te neste vídeo de 1,5 minuto pelo clima e começa a tua ação agora.

Os dados disponíveis traduzem a insuficiência das respostas da comunidade internacional e mostram quão longe estamos da trajetória desejável. Os compromissos climáticos assumidos por cada país representam apenas um terço da redução de emissões necessária para limitar o aquecimento a 1,5° C. Com as atuais metas definidas, o mundo caminha para um aumento de temperatura de 3,2° C. Será necessário reduzir as emissões globais em 7,6% em cada ano, durante a próxima década, para impedir o aumento da temperatura em 1,5° C até ao final do século.

Reflexão crítica

POD CAST Querida Casa Comum

Vivemos um tempo inesperado, uma realidade densa, imprevisível. Uma realidade ferida que trouxe ao de cima a nossa condição frágil. Um tempo que é, ao mesmo tempo, oportunidade para captar com maior clareza e urgência as fragilidades e injustiças que já marcavam a nossa Casa Comum.

O que pode ser diferente no pós-COVID-19? Tanta coisa difícil de prever, planear. Tantas emoções que não nos permitem grandes reflexões. Mas, ao mesmo tempo, vivemos uma fenda que nos pode abrir e mobilizar para a construção de um mundo mais justo e sustentável.

Para contemplar 

Mostra artística NOT FOR SALE

E se uma simples folha branca colada na tua janela fosse um gesto de alerta? Um código de ação e consciência individual e coletiva que indica que a nossa Casa Comum não está à venda. Faz parte deste movimento. Afixa uma folha branca na tua janela e partilha as fotos connosco. Uma forma simples de exigir justiça climática.

A exposição NOT FOR SALE explora plástica e digitalmente materiais como o papel, o vidro e o metal e matérias como a terra, a pedra e a água, convidando-nos ao reconhecimento visceral de tudo o que nos rodeia, numa proposta e diálogo interior para a ação e cuidado exterior.

Para inspirar e ver ao serão

Documentário VI(R)AGENS

Documentário premiado no CineEco2020, VI(R)AGENS retrata histórias reais que representam o (im)possível, revelando o Amor que mobiliza a agir e a cuidar da Terra e da Comunidade. Juntos fazem do mundo um lugar de Cuidado, permitindo responder à missão assumida pelas Nações Unidas de não deixar ninguém para trás, neste Caminho que percorremos como Humanidade nómada de tenda às costas, onde todos e tudo está ligado. Movidos por esta missão comum, tantos homens, mulheres, comunidades se têm manifestado, virado as suas vidas, empenhado em alternativas concretas que mostram como o impossível se vai tornando possível para a humanidade.

Para aprofundar, propor e agir

Estudo VI(R)AGENS – Caminhos de Conversão Ecológica

O Estudo VIR(A)GENS – Caminhos de Conversão Ecológica apresenta recomendações políticas e cívicas, mas não é um policy paper vulgar. Antes conta histórias de transição ecológica, nas quais se reconhece a força da conversão pessoal e comunitária no alcance da transformação política e social. São histórias de “amor civil e político” (LS 231-232), dirigidas a cidadãos e formuladores de políticas, para cimentar uma política e uma “cultura de cuidado” (LS 231), uma viragem urgente para um novo paradigma socioeconómico, focadas no consumo e na produção responsáveis e na ação climática.

As histórias aqui apresentadas revelam, ao mesmo tempo, o mundo como ferida e como dom; as incoerências de algumas políticas; as necessidades de cada contexto; e os caminhos para um mundo mais justo e sustentável, onde tudo está ligado e ninguém fica para trás.

Trocado por Miúdos

A sustentabilidade explicada aos pequeninos

“Já reparaste na frase «Deitar fora»? Não te parece estranha?

Fora? Mas fora de onde? Fora do teu quarto, fora de tua casa, fora da tua rua, fora da tua cidade, fora do teu país, fora do teu continente? Sim, mas sempre dentro do teu mundo, do nosso mundo. Deitar fora é sempre deitar dentro: deitar (para) dentro do planeta em que vivemos.

E se tudo o que compramos e o que deitamos fora, porque já não nos faz falta, ou porque queremos coisas melhores, ou somente diferentes, fosse para fora do nosso planeta? Olha lá o que verias a gravitar em torno da Terra, quando, à noitinha, olhasses o céu.

Lembra-te: deitar fora é sempre deitar dentro do mundo. E na Natureza «nada se perde, nada se cria, tudo se transforma».

E tu? Vais ajudar a transformar este nosso hotel de lixo novamente num hotel de luxo?”

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