Foi em 2017 que iniciámos a implementação do novo Plano Estratégico FEC até 2021, com uma abordagem mais holística e integrada, visando um verdadeiro desenvolvimento, que acontece a partir de processos participados e enraizados nas realidades locais.
Em linha com a nossa teoria de mudança e com o nosso papel distintivo e mais-valias, identificámos três eixos estratégicos de transformação social e áreas prioritárias de ação que interagem e se complementam. O objetivo é trabalhar de forma mais transversal entre países pelo que os eixos estratégicos de transformação social apresentados aplicam-se à intervenção da FEC em todos os países onde atua: Angola, Guiné-Bissau, Moçambique e Portugal.
Convidamo-lo a percorrer o caminho feito pela FEC através destas grandes áreas de desenvolvimento e transformação em 2017
Jorge Líbano Monteiro | Presidente do Conselho de Administração da FEC
A FEC tem ao longo dos últimos anos feito um caminho seguro no fortalecimento da sua ação, consolidando uma cultura organizacional forte e uma capacidade de gestão que tem permitido ser cada vez mais eficaz no desenvolvimento dos projetos e missões a que tem sido chamada.
O ano de 2017 é um exemplo claro dessa capacidade que permitiu ultrapassar os objetivos definidos, aumentar o impacto da ação nos países e organizações onde estamos presentes, e reforçar a relação e a confiança com os parceiros com quem colaboramos.
Mas a força da nossa ação vai para além do cumprimento dos objetivos e das métricas, possíveis de definir e que nos ajudam a melhorar, vai para além da eficácia organizativa e operacional que nos permite potenciar os recursos envolvidos, vai para além do máximo rigor e transparência dos relatórios e contas que apresentamos.
A força da nossa ação está na capacidade de nos continuarmos a surpreender com a realidade que Deus nos inspira a transformar, com a capacidade de nos envolvermos na história daqueles que servimos com o desejo profundo de melhorar as suas vidas, com o Amor que procuramos colocar em tudo o que realizamos.
Perceber a história da FEC, é conhecer as histórias de vida de tantos que connosco colaboram, histórias de entrega, de superação pessoal e de fidelidade à missão que transformam vidas e constroem e dão alma à organização.
Quero por isso deixar uma palavra de profundo agradecimento e reconhecimento ao trabalho realizado por cada um dos colaboradores e voluntários envolvidos na nossa história ao longo de 2017. Uma palavra também de profundo agradecimento a todos os parceiros, financiadores e apoiantes que acreditaram na FEC, no poder das parcerias e que assim nos possibilitaram a ir mais longe na defesa na dignidade de cada pessoa e na construção de uma sociedade mais justa e humana.
Susana Réfega | Diretora Executiva da FEC
Olhar para o caminho realizado é sempre um exercício rico e exigente. O momento de produzir o relatório de atividades, que com alegria cada ano partilhamos com todos aqueles que connosco na FEC fazem caminho, é sempre um momento de balanço, de reflexão, de celebração e de …retomar caminho com redobradas forças e energias!
O ano de 2017, foi na FEC o primeiro ano de implementação do novo Plano Estratégico da FEC numa abordagem que se quer mais integrada e integradora com o planeta e as pessoas. Mais focada na transformação social que queremos e sonhamos. Um ano de desafios, pois sabemos que é mais fácil mantermos uma lógica setorial e “compartimentalizada” do que um horizonte largo e abrangente, como também nos propõe a Agenda 2030 através do Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Assim este Relatório de Atividades 2017 faz também um exercício de sair de uma lógica territorial de países, apresentando o trabalho que com os nossos parceiros realizamos no âmbito de eixos como a Educação, Conhecimento e Competências; Boa Governação e Advocacia ou ainda Cidadania Global e Direitos Humanos. Este ano, também numa preocupação de sustentabilidade, inovámos com a criação de uma versão online do Relatório de Atividades que permite não apenas reduzir o número de versões impressas, mas também ir mais longe na viagem ao longo do ano FEC 2017 e conhecer com maior detalhe o que fizemos e os protagonistas da mudança.
Estou convencida de que cada vez mais temos que colocar no nosso léxico de trabalho palavras como esperança, sonho, utopia e nas nossas práticas verbos como ouvir, cuidar, dialogar. É cada vez mais vital alimentar o pensamento utópico pois como nos diz o poeta uruguaio Eduardo Galiano “A utopia está no horizonte. Quando eu dou dois passos na sua direção, ela afasta-se dois passos. Dou dez passos, e ela fica dez passos mais afastada. De que serve a utopia? Serve para isso, para avançar.”