Viajar
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Este Luso Fonias é dedicado às viagens. O convidado deste programa já deu duas voltas ao mundo e gosta de inspirar os outros a pegar na mochila e partir à aventura. Filipe Morato Gomes é o autor do blogue “Alma de Viajante”, onde conta as suas viagens e dá várias dicas práticas a quem lhe queira seguir as pisadas. Procuramos conhecer melhor o seu percurso de vida, e pedimos-lhe também algumas dicas sobre como nos devemos preparar para uma viagem.
Na opinião do P. Tony Neves – ‘JMJ Cracóvia 2016 – Olhos do tamanho do mundo’
“O Papa Francisco encheu o coração do milhão e meio de jovens que inundaram Cracóvia de fé, festa e futuro.
Estas Jornadas Mundiais da Juventude não se resumiram a catequeses, festa e celebrações com jovens idos dos quatro cantos da terra. O Papa elaborou um vasto programa para ajudar os Jovens a ter olhos do tamanho do mundo. Assim, visitou Auschwitz, símbolo de crueldade. Foi uma homenagem em profundo silêncio. Visitou um hospital pediátrico. Prestou homenagem aos Religiosos assassinados pelo ‘sendero luminoso’. Lembrou os migrantes e refugiados mortos a caminho da Europa. Benzeu duas estruturas de solidariedade: um centro de dia para idosos e um centro da Caritas para apoiar pessoas pobres. E o gesto simbólico e fraterno destas JMJ foi a oferta de uma ambulância para apoiar refugiados sírios no Líbano.
Momento de emoção foi a escuta do testemunho de uma jovem ida da cidade-mártir de Allepo, na Síria.
De quinta (28 de Julho) a domingo, o Papa multiplicou intervenções e apelos, sobretudo dirigidos aos jovens. Lembrou-lhes que a Missão é uma viagem com bilhete de ida sem regresso. Há que construir uma Igreja em saída com o Evangelho escrito com obras de misericórdia. Lançou apelo forte aos jovens: ‘Não fiquem no sofá. Sejam protagonistas da história’.
Ao evocar Auschwitz e todas as guerras e atentados dos últimos tempos, Francisco afirmou: ‘é impossível vencer o terror com o terror’. E acrescentou mais tarde: ‘nada justifica o sangue de um irmão’.
Foi S. João Paulo II, ido de Cracóvia para Roma, quem lançou as Jornadas Mundiais da Juventude, em 1985. Ele é o ‘patrono das JMJ’ e foi muitas vezes evocado. Para este santo polaco, ‘a Igreja só será jovem quando os jovens forem Igreja’.
A Eucaristia de encerramento, no Campus da Misericórdia, congregou mais de um milhão e meio de jovens e menos jovens. O Papa Francisco disse ás novas gerações: ‘para Deus, vales pelo que és e não pela roupa ou telemóvel que usas’. Pediu aos jovens que rejeitassem o ‘dopping do sucesso’ e a ‘droga de pensar só em si mesmo’.
A última grande notícia dada pelo Papa é que as JMJ de 2019 vão realizar-se no Panamá.”