Desperdício Alimentar
Desperdício Alimentar
Este Luso Fonias é dedicado ao desperdício alimentar. No dia 16 de outubro assinala-se o Dia Mundial da Alimentação, neste que é, em Portugal, o Ano Nacional de Combate ao Desperdício Alimentar. O desperdício alimentar e a fome são duas realidades interligadas. Com um aproveitamento mais eficiente dos alimentos, menos pessoas poderiam ter acesso a esse bem essencial que é a alimentação. E neste programa vamos aprender a aproveitar melhor os nossos alimentos, desde o momento das compras até à preparação das refeições. Para nos falar sobre este tema contamos com o testemunho de Susana Freitas, uma das responsáveis pelo projecto Dose Certa, que pretende reduzir o desperdício alimentar junto de restaurantes e de particulares.
Na opinião do P. Tony Neves – ‘O melhor de nós todos!’
“Foi assim que o Presidente da República definiu António Guterres, o Secretário Geral da ONU eleito por aclamação, a 6 de outubro. O Primeiro-Ministro, por sua vez, considerou-o ‘o homem certo no lugar certo’. Nunca se vira tanta unanimidade em torno de uma pessoa para um cargo da dimensão das Nações Unidas. Guterres fez por isso. Católico convicto, nunca vendeu os seus valores na praça nem os sacrificou no altar dos interesses. Ao longo da vida, somou vitórias e derrotas, com mais ou menos estrondo mediático, mas sempre evitou trepar sobre os outros para subir mais alto.
Após cargos políticos de topo em Portugal (incluindo o de Primeiro-Ministro), candidatou-se a um cargo da ONU onde podia fazer muito bem. Os dez anos de liderança no Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) mostram o perfil de um homem com a razão e coração que sempre quis aliar nos seus compromissos políticos. Ajudou a colocar os refugiados no centro da agenda mundial e foi dando vida às causas sociais e humanitárias que abraçava.
Os cenários mais dantescos de guerras e violências desmedidas foram por ele palmilhados, em nome do ACNUR. Denunciou atrocidades sem conta, conseguiu milhões para ajuda humanitária, tentou sentar à mesma mesa os que, de armas na mão, destruíam e matavam.
Foi voz dos sem voz, neste século XXI que ele profetizou ao apelidá-lo ‘o século do povo em movimento’. Denunciou apatias e (des)interesses de alguns sectores influentes da Comunidade Internacional, muitas vezes de costas voltadas para os problemas e para as vítimas.
Numa entrevista que concedeu á Associação da Imprensa Missionária (MissãoPress), em 2007, no auge do drama que afectava o Darfur, António Guterres falava da era da imigração ilegal, á mercê de traficantes humanos, sem coração e com ganância desmedida de lucros á custa da morte e da tragédia alheias. Nos cenários de guerra e nos campos de refugiados, o novo Secretário-Geral da ONU viu, olhos nos olhos, populações que vivem em pânico sem saber o que as espera na hora seguinte.
Rasgar caminhos de paz e de futuro é missão de António Guterres, a partir de agora. Não é tarefa fácil porque não vivemos num mundo de inocentes. São desmedidas as ganâncias de ter e de poder. Mantêm-se os direitos de veto dos mais ricos deste mundo. Quem paga o funcionamento da ONU vai exigir contrapartidas. Mas acredito que alguém que nunca abdicou dos seus valores humanos e cristãos lutará até ao fim pela construção de um mundo que seja cada vez mais humano e mais fraterno. O sonho do Papa Francisco de uma Igreja em saída para as periferias e margens da história, estará também – estou certo – no coração de António Guterres.
Com ele, o mundo vai ser mais justo e pacífico. Assim quero acreditar e sonhar.”