Inclusão das Pessoas com Deficiência
Inclusão das Pessoas com Deficiência
Este Luso Fonias é dedicado à inclusão das pessoas com deficiência. Este dia 3 de Dezembro é o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, por isso convidámos para conversar connosco a Secretária de Estado para a Inclusão das Pessoas com Deficiência, que nos vai explicar o que tem sido feito neste domínio no primeiro ano de Governo. Ana Sofia Antunes é também a primeira pessoa com deficiência a exercer um cargo governativo em Portugal.
Na opinião do P. Tony Neves – ‘Partimos, Vamos, Somos!’
“Quem o disse foi Sebastião da Gama, há muito tempo. E disse-o quando falou de sonhos que é importante converter em realidades. É o que acontece com a Missão hoje e Lisboa percebeu-o bem ao lançar um Sínodo sobre o ‘o sonho missionário de chegar a todos’, como pediu e pede o Papa Francisco.
A arte e a cultura também se quiseram embrulhar nesta manta e, com texto do P. Hugo Gonçalves e encenação de Matilde Trocado, o Tivoli, em plena Avenida da Liberdade, tornou-se espaço de testemunho de fé. O Musical ‘Partimos, Vamos, Somos’ pretendeu celebrar os 300 anos da Diocese de Lisboa como Patriarcado. Estive na sessão inaugural (18 novembro) e fiquei espantado, antes de mais, porque o grande e emblemático Tivoli estava á pinha de gente. E, nas três sessões seguintes, repetiu-se a proeza, considerada inédita até pelos donos desta histórica casa de espectáculos.
Os ‘actores’ eram cerca de uma centena, entre jovens e crianças, quase todos pertencentes a paróquias da grande Lisboa. Havia profissionais que garantiam a qualidade do espectáculo. Os cenários, a encenação, as coreografias tiveram tanto de simples como de criativo e bem sucedido. A história da Lisboa católica passou por ali e encheu as medidas de quem se deslocou ao centro histórico da capital numa noite fria de inverno.
O P. Hugo Gonçalves, autor do guião, valorizou a dimensão missionária, ele que já fez diversas experiências de Missão fora de portas. Gostei de escutar e ver representada a história de grandes figuras missionárias de Lisboa como S. João de Brito ou S. António. Apreciei a actualidade da proposta missionária com o aparecimento da jovem Irmã em Missão na Índia, ou dos jovens voluntários em Missão na África. Também me tocou a partilha das experiências missionárias que vão acontecendo dentro de Portugal, como é o caso da ‘Missão País’, que não é muito diferente daquelas que os Jovens Sem Fronteiras e outros movimentos missionários juvenis realizam em Portugal (e fora dele) há muitos anos, com grande envolvimento, mobilização fácil e avaliação muito positiva.
Apreciei, no guião, o recurso a grandes textos como ‘os Lusíadas’ de Camões, poemas de Fernando Pessoa e até o emblemático ‘poema-oração’ de D. Hélder Câmara,’Missão é partir!’. Foi um pegar num património literário de valor reconhecido que, na minha opinião, valorizou muito o guião do Musical.
Expressar a Fé pela Cultura é importante e rasga caminhos ao futuro do anúncio do Evangelho. Por isso, este Musical aponta, com outros olhares, diferentes do habitual, para uma Igreja aberta, simples, em saída, com esperança nos novos tempos que se desenham. Como diz Sebastião da Gama,’pelo sonho é que vamos!’.”