Migrações

16 Dez, 2017

Este Luso Fonias é dedicado às migrações. No dia 18 de dezembro, assinala-se o Dia Internacional dos Migrantes, por isso neste programa falamos sobre a realidade de todos os que partem para outro país em busca de um trabalho melhor ou de uma vida mais segura. Como são integrados os imigrantes que vivem em Portugal, sobretudo nas comunidades católicas? Que ligação tem a Igreja portuguesa com as nossas comunidades de emigrantes no estrangeiro? A nossa convidada responde-nos a estas e outras questões. Eugénia Quaresma é a directora da Obra Católica da Pastoral das Migrações.

Na opinião do P. Tony Neves – ‘Os ganhos do acolhimento’

“Sábado, dia 9, em Roma, Francisco falou dos tempos novos que vivem as migrações: ‘Novos rostos de homens, mulheres e crianças, marcados por tantas formas de pobreza e violência, estão novamente diante de nossos olhos e esperam encontrar, em seu caminho, mãos estendidas e corações acolhedores’. Diria mais tarde que ‘os migrantes precisam certamente de boas leis, de programas de desenvolvimento e organização; mas precisam sobretudo de amor, amizade e proximidade; precisam de ser ouvidos, olhados nos olhos e acompanhados; precisam de Deus, encontrado no amor gratuito de uma mulher que, com o coração consagrado, é irmã e mãe’, apelando à pastoral do mundo migrante como algo a tomar muito a sério.

Sim, há que combater a globalização da indiferença perante os dramas alheios, tão mediatizados que o mundo fica cansado de os ver nos ecrãs e perde capacidade de sair do sofá e intervir.

O Dia Mundial dos Direitos Humanos, que celebramos a 10 de Dezembro, apontou para todas as periferias e margens da história, lá onde as pessoas não vêem a sua dignidade reconhecida nem os seus direitos mais elementares respeitados. E, claro está, aqui também entram os migrantes, obrigados a deixar as suas terras e partir à procura da segurança e conforto que não conseguiam ter e os impedia de viver com dignidade.

O Papa Francisco, na Mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2018, faz uma abordagem original deste tema quente das migrações. Depois de reconhecer que é acto de caridade acolher migrantes e refugiados, o Papa lembra que os imigrantes são pessoas valiosas que vêm enriquecer os povos acolhedores com os talentos que Deus deu e a experiência de vida que traz. Ora, vista deste ângulo, a imigração pode ser um ganho enorme para os povos que recebem, sendo – como é óbvio – um enriquecimento para quem é acolhido.

O Natal está à porta. O Menino que nasce em Belém é perseguido logo a seguir, segundo contam as Escrituras Sagradas. A experiência que faz, com os pais, no Egipto, foi de salvação para os três mas, de certeza absoluta, de enorme ganho para quem privou lá com eles…ou não privassem com o Filho de Deus, com Maria e José!

O Advento é um tempo forte de esperança, de terraplenar caminhos, de conversão aos valores do Evangelho. Abrir as portas a quem bate é obra de misericórdia e sinal de evidente fraternidade. Ousemos!”

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