3 Conversas e 30 Jovens Para um Mundo Sustentável
Na tarde de 29 de abril, durante o campo “Do coração à terra”, organizado no âmbito da campanha da CIDSE, Change for the Planet – Care for the People, em parceria com a FEC- Fundação Fé e Cooperação e a Associação Casa Velha, 30 jovens da Europa e Canadá, puderam absorver, conversar e debater a experiência de 3 especialistas nos tópicos de desenvolvimento, sustentabilidade e ecologia.
Luís Mah, Professor no Mestrado e Doutoramento do Programa de Estudos de Desenvolvimento na Escola Superior de Economia e Gestão de Lisboa (ISEG), tomou uma perspetiva positiva e optimista, apresentando os resultados alcançados desde a criação dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio e a trajetória construtiva na redução da pobreza, no aumento da Esperança Média de Vida e na aprendizagem escolar. No entanto, realçou negativamente, a crescente inequidade entre regiões e entre países e alertou para o impacto da guerra na Ucrânia, principalmente alarmante nos países no Leste, no Centro e no Corno de África, onde os preços dos alimentos e dos combustíveis ameaçam o bem-estar de milhões de pessoas, chegando a aumentar em 300%, como é no caso da Somália. Este aumento dos preços é preocupante porque potencia a instabilidade política.
Denis Hickel, Agricultor Biológico, com um Ph.D. em Ecological Design Thinking, apresentou a sua experiência e testemunho sobre a combinação de empreendedorismo e ecologia, refletida no projeto Quinta do Alecrim. Juntamente com a sua mulher, Juli Moojen, iniciou este projeto sustentável e ecológico com impacto positivo na economia local e em constante diálogo com o local. Partilhou com os jovens o modus operandi da sua quinta, onde discutem, contemplam e aplicam a sua ecoliteracia, que entende por “conhecer a dinâmica dos ecossistemas para viver em conformidade”.
Por fim, Pedro Walpole, Diretor de Investigação no Instituto de Ciência Ambiental para a Mudança Social nas Filipinas, reforçou a importância das gerações futuras na proteção da natureza e da nossa Casa Comum. Ao defender que as “gerações definem o ritmo do tempo” aludiu aos jovens presentes, com idades entre os 20 e 35 anos, que espelham um aumento da ação e da preocupação sobre a sustentabilidade e proteção ecológica. Enfatizou também a importância de respeitar a terra e o seu tempo, dizendo que a “quinta é o guia alimentar para o povo” como alerta ao respeito pela terra a tudo o que nos providencia, no seu devido tempo.
De facto, aspeto realçado em todas as conversas, foi a rede complexa do nosso ecossistema que deve ser sempre considerada dada a cadeia de repercussões de uma única ação, política, ideia, iniciativa ou projeto.
Esta é uma iniciativa que se insere no projeto #CoerêncianaPresidência, uma parceria entre a FEC, o IMVF – Instituto Marquês de Valle Flôr e a CIDSE com o cofinanciamento do Camões, I.P.

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