Oficina de jornalistas em Bissau para defender os direitos da criança

22 Jan, 2025CIDSE, Guiné-Bissau, homepage, Projeto IN | Nô ruma no casa | Fase II

Jornalistas de diferentes órgãos de comunicação social reuniram-se no mês de dezembro, em Bissau, para refletir sobre boas práticas jornalísticas em contextos que envolvem crianças e jovens. A iniciativa foi promovida pela FEC, através do projeto Nô Ruma no Kasa, que está agora na sua segunda fase, e integrou a “Quinzena dos Direitos” da Guiné-Bissau.

Como reportar sobre temas envolvendo crianças, garantindo a defesa e a promoção dos seus direitos? Que cuidados ter quando se conduzem entrevistas com menores de idade? Que autorizações obter e que imagens selecionar quando está em causa a documentação de histórias de interesse público com jovens?

Estas foram algumas das questões que estiveram em debate no Centro Cultural Português em Bissau, no passado dia 11 de dezembro. Quando estão em causa crianças e jovens, o trabalho jornalístico deve ter cuidados específicos, de forma a garantir a proteção dos direitos especiais concedidos a quem ainda não atingiu a idade adulta.

Apesar de esta premissa reunir consenso entre a comunidade jornalística, a verdade é que muitos órgãos de comunicação social ainda não incorporam princípios ou regulamentos que orientem a atividade naquele âmbito, o que, não raras vezes, resulta na inobservação dos direitos das crianças na produção noticiosa.

Esta é uma realidade particularmente sentida pela FEC no projeto Nô Ruma no Kasa, que apoia o trabalho da Casa de Acolhimento Bambaran na Guiné-Bissau, no acolhimento e proteção de crianças e jovens em risco ou perigo. Quando há crianças em jogo, que cuidados especiais deve o jornalista ter?

Helena Fidalgo, profissional da Agência Lusa na Guiné-Bissau, partilhou a sua experiência com os colegas presentes. O foco foi na especificidade do trabalho de agência, onde “a escrita é diferente e a forma como falamos é diferente”, mas também na realidade do trabalho jornalístico em contextos em que envolvem crianças e jovens.

Já a Diretora da Casa Bambaran, Luciana Avelar, deu conta do trabalho que está em curso para a definição de procedimentos e regulamentos que facilitem e melhorem o trabalho realizado na instituição, em benefício das crianças. A Casa de Acolhimento Banbaran tem um lugar especial na história da proteção da infância na Guiné-Bissau, constituindo atualmente uma referência no setor, na Guiné-Bissau. Parte dessa história tem sido escrita com a FEC, através do trabalho desenvolvido em projetos de educação de infância, educação inclusiva e promoção dos direitos da criança.

O projeto IN – Nô Ruma no Kasa – Fase II é um projeto financiado pela Caritas Alemã e implementado pela Caritas Guiné-Bissau, em parceria com a FEC.

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