Dia Mundial das Missões
Dia Mundial das Missões
Este Luso Fonias é dedicado ao Dia Mundial das Missões, que se assinala neste domingo. É uma ocasião para celebrar a vida de tantos missionários que entregam a vida por uma causa maior, levando a presença da Igreja aos quatro cantos do mundo e defendendo a justiça e o desenvolvimento dos povos. No Luso Fonias gostamos de partilhar consigo histórias de missão de religiosos e leigos, e hoje contamos com o testemunho do Padre Adelino Ascenso, superior geral dos Missionários da Boa Nova, que nos vai dar o seu testemunho de 17 anos passados no Japão.
Na opinião do P. Tony Neves – ‘Vidas com 150 anos de Missão’
“O Dia Mundial das Missões, celebrado a 23 de Outubro, recorda a todos uma ideia que o Papa Francisco tem repetido à saciedade: a Igreja ou é missionária ou não é a Igreja de Cristo. Sim, temos de ser Igreja em saída, na direcção das periferias e margens onde estão (e não deveriam estar!) irmãos nossos, excluídos, postos á margem. Neste dia, queria partilhar a alegria que senti nestes últimos tempos com a celebração das bodas de ouros sacerdotais de três Espiritanos, ordenados no ano centenário da chegada dos Espiritanos a Angola: 1966. São eles os Padres Manuel Durães, Veríssimo Teles e Manuel Viana. Foram e são missionários da lusofonia: Portugal, Angola, Cabo Verde e Brasil foram ou são as suas terras de Missão. O P. Manuel Durães Barbosa, natural de Barcelos, tem um percurso missionário muito português. Formado em Roma, foi nomeado para formador de futuros Missionários, sendo diretor de diversos Seminários Espiritanos e também professor na Universidade Católica. Foi Superior Provincial de Portugal, entre 1982 e 1988. Além-fronteiras, trabalhou em Cabo Frio, nas periferias do Rio de Janeiro, entre 1989 e 1991. Foi diretor nacional das Obras Missionárias Pontifícias e trabalhou no cuidado pastoral da comunidade francófona em Lisboa, como reitor de S. Luís dos Franceses. Hoje, é parte da comunidade que anima o CESM (Centro de Espiritualidade Espiritana), em Barcelos. O P. Veríssimo Teles, natural de Bragança, teve como primeira Missão Cabo Verde, onde trabalhou até 1972. Este ‘primeiro amor’ acabou por marcar a continuação do seu trabalho missionário em Portugal: em Lisboa, trabalhou muito de perto com os imigrantes, sobretudo africanos, grande parte oriundos das ilhas de Cabo Verde. Foi como capelão dos imigrantes africanos e foi diretor do CEPAC (de apoio a imigrantes). Em Portugal, trabalhou ainda na formação, animação missionária e vocacional e administração provincial. Foi o primeiro pároco de Nossa Senhora da Conceição da Abóboda, no interior de Cascais. Hoje, integra a comunidade espiritana de Braga. O P. Manuel Viana foi ordenado e partiu para Angola, onde ainda permanece. Começou por trabalhar no seminário de Luanda, mas, alguns anos depois, partiu para Malanje, onde trabalhou mais de 30 anos. Nem a violência dos conflitos o demoveu. A primeira metade da década de 90 foi particularmente sangrenta naquela região. O “pai Viana” – como ainda hoje é carinhosamente conhecido – fez o possível e o impossível para ajudar a população. Chegou a acolher perto de um milhar de crianças na missão. Em Malanje, foi Vigário Geral da Diocese durante muitos anos. Hoje, trabalha na missão de Kalandula, na mesma diocese. No início das celebrações do jubileu dos 150 anos de presença em Portugal, três espiritanos portugueses celebraram o seu jubileu de 50 anos de sacerdócio. Três vezes cinquenta dá cento e cinquenta. Três itinerários diferentes, mas a mesma missão. Uma longa história, mas um compromisso sempre novo e atual. A Missão continua.”


