Seminário Internacional de Educação e Cultura em Bissau
Entre os dias 18 e 21 de novembro, no âmbito do projeto “Cultura i nô balur”, a FEC e a Universidade Católica da Guiné-Bissau (UCGB) promoveram o Seminário Internacional de Educação e Cultura, um espaço de reflexão e de troca de experiências sobre temas como artesanato, cultura, educação e cidadania.
O evento dividiu-se entre dois dias de atividades na Universidade Católica da Guiné-Bissau e dois dias de ciclos de conversas online.
No dia 18, a mesa de abertura do Seminário contou com as presenças de Dom Pedro Zilli, Magno Chanceler da UCGB e Bispo da Diocese de Bafatá; da Dra. Sónia Neto, Embaixadora da União Europeia na Guiné-Bissau; do Dr. José Rui Caroço, Embaixador de Portugal na Guiné-Bissau; da Doutora Zaida Pereira, Reitora da UCGB; e da Dra. Carla Pinto, Representante da FEC na Guiné-Bissau.
Durante a cerimónia foram entregues diplomas aos estudantes finalistas do Mestrado em Supervisão e Orientação da Prática Pedagógica, promovido no âmbito do projeto “Cultura i nô balur”, em parceria com o Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, e foram nomeados os Coordenadores dos Núcleos de Educação e Investigação do Centro de Estudos de Educação e Cultura (CEEC), inaugurado e equipado no âmbito do mesmo projeto.
No Seminário foram também apresentados artigos do Boletim Científico, uma publicação do CEEC produzida no quadro do projeto “Cultura i nô balur”, e que constitui uma ferramenta para a promoção da produção científica na Guiné-Bissau.
Em paralelo, decorreu na UCGB uma exposição de artesanato da ARGUIB – Associação de Artesãos da Guiné-Bissau, também apoiada pelo projeto “Cultura i nô balur”.
Nos dias 19 e 20 de novembro, decorreu o ciclo de conversas online, com a participação de elementos ativos na área da educação e cultura guineense e de outros países, como Angola, Cabo Verde, Moçambique e Portugal, promovendo, desta forma, a educação e a cultura no contexto da lusofonia.
No dia 19, a conversa decorreu sob o tema “Artesanato e Identidade Cultural” e contou com as intervenções de Matilde Muocha, de Moçambique, docente e investigadora em Indústrias Culturais e Criativas; Jorge Mulumba de Angola, músico do grupo Nguami Maka e construtor de instrumentos tradicionais; Maria Miguel Estrela, de Cabo Verde, doutoranda em Ciências de Educação; e Irley Barbosa Rivera, da Guiné-Bissau, professora de História, gestora de projetos e artista plástica. Os convidados refletiram sobre a forma como o artesanato tradicional contribuiu para uma tomada de consciência da identidade de cada grupo, povo, país ou região.
A conversa de dia 20 de novembro focou-se no tema “Educação para a Cultura e Cidadania”, e em como, na África lusófona, os valores culturais podem ser abordados na educação para a cidadania sem negligenciar os aspetos étnicos tradicionais. António Cabrita, escritor português a viver em Moçambique, professor universitário e cronista no semanário “Savana”; Júlio Candeeiro, de Angola, Diretor Executivo da Mosaiko – Instituto para a Cidadania; Elter Manuel Carlos, de Cabo Verde, professor e coordenador do curso de Filosofia na Universidade de Cabo Verde; e Minhone Nancanha Seidi da Guiné-Bissau, Socióloga e Gestora de Projetos, foram os convidados desta conversa.
O evento foi encerrado no dia 21, nas instalações da UCBG, onde foram apresentadas trabalhos de dissertação dos alunos do Mestrado em Supervisão e Orientação da Prática Pedagógica.
O Seminário Internacional de Educação e Cultura foi promovido no âmbito do projeto “Cultura i nô balur – Uma Estratégia de Educação para a Cultura na Guiné-Bissau”, financiado pela União Europeia, pela Misereor e pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P., e desenvolvido pela FEC em parceria com a ENGIM, a Universidade Católica da Guiné-Bissau, o Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, a Associação de Escritores da Guiné-Bissau e a Afectos com Letras.
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