FEC prepara plano de intervenção de emergência em Moçambique
A FEC, no seguimento do Ciclone Idai que deixou um rasto de destruição em Moçambique, está neste momento em contacto com organizações da sociedade civil para preparar uma resposta concertada à grave crise humanitária que se aproxima.
Tiago Coucelo, coordenador dos projetos da FEC no país, afirma que as imagens de destruição passadas pelos meios de comunicação não conseguem descrever o grau de devastação que viu na cidade da Beira, onde todos os campos de cultivo estão alagados e cobertos de lama, o que vai trazer severas consequências para a segurança alimentar das populações num futuro próximo. Os edifícios públicos, armazéns e casas de habitação foram também seriamente afetados e apresentam severas fissuras, telhados arrancados e danos significativos ao nível da sua estrutura.
Neste momento existe uma forte onda solidária em todo o país e reúnem-se esforços para que bens de primeira necessidade (alimentos, água, roupa, medicamentos, artigos de higiene, entre outros) possam chegar às populações o mais rápido possível.
A partir da sede em Portugal, a FEC está em contactos com a Fundação Gonçalo da Silveira, a ONG Vida, a Cáritas, entre outras, para conseguir uma resposta concertada a esta crise. A ideia seria numa fase posterior a esta de intervenção e socorro, e quando baixar o nível das águas, procurar criar o mais rapidamente possível condições para o regresso à normalidade. A intenção é focar nas crianças, para que estejam em espaços seguros e protegidos, uma vez que se estima que 48% dos afetados são crianças que ficaram sem acesso a estruturas escolares.
Tiago Coucelo refere que a intervenção a ser considerada apostaria na reconstrução de estruturas básicas de educação, implementação de estruturas temporárias de ensino (tendas provisórias) e distribuição de kits escolares.
Dentro de algum tempo, esta resposta articulada será mais clara com um plano de intervenção a implementar no terreno.
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